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A diferença entre análise e avaliação de riscos

Qual é a diferença entre análise e avaliação de riscos?
A ISO 31000:2009 conceitua análise de riscos como:

2.21 análise de riscos (em inglês risk analysis)
O processo de compreender a natureza do risco (2.1) e determinar o nível de risco (2.23).
NOTA 1 –  A análise de riscos fornece a base para a avaliação de riscos (2.24) e para as decisões sobre o tratamento de riscos (2.25).
NOTA 2 – A análise de riscos inclui a estimativa de riscos.

Já o conceito de avaliação de riscos conforme definido na ISO 31000:2009.

2.24 avaliação de riscos  (em inglês risk evaluation)
O processo de comparar os resultados da análise de riscos (2.21) com os critérios de risco (2.22) para determinar se o risco (2.1) e/ou sua magnitude é aceitável ou tolerável.
NOTA –  A avaliação de riscos auxilia na decisão sobre o tratamento de riscos (2.25).

análise de riscos é o momento onde você irá estimar o risco, geralmente, como um produto da sua probabilidade de ocorrência e a gravidade do seu impacto.  Por exemplo, o risco de roubo do seu carro é financeiramente maior do que do roubo do seu relógio, durante uma viagem, não é mesmo? Faça um exercício de probabilidade x consequência mentalmente e verifique.  Por isso pessoas fazem seguros de veículos frequentemente e muito raramente para relógios de pulso.

avaliação de riscos é o momento de confrontar esse resultado, com os SEUS níveis toleráveis de riscos.  Às vezes esses níveis não são apenas SEUS.  Eles podem ser estabelecidos em conjunto com outras partes interessadas ou serem também definidos por lei.

Trocando em miúdos

Analisar Riscos é o momento de obter uma estimativa para o mesmo, uma forma é fazer Probabilidade x Consequência ( P X C);

Avaliar Riscos é comparar esse resultado com o seu critério para saber se alguma medida precisa ser tomada e como priorizar os tratamentos.

Vamos ver alguns exemplos, que é o meu jeito preferido para fixar o meu aprendizado, consequentemente o jeito que eu mais gosto de utilizar pra ensinar. 
Dois irmãos, Lucas e Mateus, acabam de receber uma herança inesperada.  O valor total da herança recebida é de R$ 280.000,00 que será dividida igualmente entre os dois.  Eles são profissionais muito dedicados às suas carreiras, porém percebe-se desde a infância atitudes perante o risco bem diferentes em ambos.
Lucas tem 40 anos, casado, tem dois filhos e possui um financiamento de um imóvel que vencerá nos próximos 10 anos.  Lucas é cauteloso em seus investimentos, pois tem custos elevados com a escola de seus dois filhos e com uma prestação de imóvel já firmada. Ele evita expor seu capital em investimentos de alto risco. Ele já passou por todos aqueles perrengues da economia brasileira dos anos 80 e 90.   Quer dedicar mais tempo à sua família e sempre aceita investimentos de menor retorno, desde que eles ofereçam um risco menor.  Já investe em renda fixa e previdência privada.
Mateus tem 24 anos, acabou de concluir a faculdade, é solteiro, não tem filhos e trabalha em uma empresa de engenharia. No momento ele não anda satisfeito com seu trabalho e pensa em ter seu próprio negócio.  Deseja abrir uma empresa, mas ainda não sabe o que fazer.  Apaixonado por histórias de grandes empreendedores como Steve Jobs, Bill Gates, Mark Zuckerberg e Michael Dell ele não vê a hora de dar uma guinada na sua vida e arriscar um pouco mais.
Ambos têm um primo, chamado Henrique, que possui uma rede de farmácias tradicional na cidade em que todos moram.  Henrique já sabe que os primos receberam uma herança e ele tem planos para expandir sua rede em outros municípios.  Para abrir uma nova rede o investimento geralmente fica na casa dos R$ 125.000,00 incluindo ponto, instalações e capital de giro.  É desejável que a empresa mantenha um caixa disponível inicial de R$ 25.000,00 para segurar a barra.
Em um daqueles almoços de família o Henrique faz um convite para Lucas e Mateus e se coloca à disposição de ambos para juntos abrirem uma filial de sua rede em municípios próximos. 
Fonte: Total Qualidade